“Porque juntos vemos mais longe”
As crianças do pré-escolar participaram no projeto Pimpolho 2019, tal como aconteceu no ano transato. Este projeto iniciou-se em 2014 como resultado de uma parceria entre o Hospital de Braga e a Câmara Municipal de Braga. Após os primeiros anos de implementação, sofreu uma fase de expansão, passando a incluir mais 5 concelhos a partir de 2016. A taxa global de participação das escolas tem sido excelente, tendo, em 2016, atingido 100% de adesão das escolas públicas.
É o 1º projeto em Portugal a rastrear a ambliopia seguindo as boas práticas em saúde descritas na literatura científica internacional mais recente, rastreando uma única vez aos 3-4 anos de idade, em articulação com o realizado nos Cuidados de Saúde Primários desde o nascimento.
O projecto PIMPOLHO proporciona às crianças envolvidas a possibilidade de serem observadas e tratadas em tempo útil, num modelo centralizado que evita replicação de custos, com acesso universal, combatendo assim as desigualdades socioeconomicas que eventualmente pudessem existir.
A ambliopia é uma doença exclusiva da infância e apenas tratável nesta faixa etária. O sucesso do tratamento da amblio – pia pode atingir quase 100%. O não tratamento na idade pediátrica acarreta cegueira, baixa visão, ou visão subnormal, não passível de ser corrigida para o resto da vida, isto é, mesmo com posteriores cirurgias, correção ótica ou outros tratamentos, essa criança ficará para sempre sem visão normal. Sabemos que à nascença não sabemos falar nem escrever. A ambliopia, conhecida como “olho preguiçoso”, pode ser entendida da mesma forma. A criança nasce com potencial de visão, mas ainda não sabe ver. Se o olho não for estimulado correta – mente, por doenças várias que ocorrem na infância, a visão não se desenvolve, isto é, a criança não aprende a ver. A ambliopia é pois acuidade visual baixa de um ou dos dois olhos causada por alterações que perturbam o normal desenvolvimento da visão durante um período crítico. É tratável até aos 60 meses (5 anos), sendo o seu tratamento menos eficaz depois desta faixa etária.
Neste sentido a sala dos 4 anos participou no referido projeto, no dia 28 de novembro, tendo o grupo respondido de forma muito positiva à iniciativa.