Qualificação das Equipas
Durante o mês de fevereiro, as equipas técnica e educativa desta Casa de Acolhimento tiveram a oportunidade de participar num curso de formação sobre Cocriação de Bem-estar. Esta formação foi desenvolvida pela Professora Zélia Anastácio, docente do Instituto da Educação, da Universidade do Minho. A formação envolveu outras Casas de Acolhimento de Braga com o objetivo de permitir uma experiência de partilha de práticas específicas entre os diversos participantes. Uma formação apoiada pela aplicação dos princípios da aprendizagem orientada pela ação – action learning.
Estas sessões de formação permitiram-nos estabelecer novos entendimentos sobre a obtenção de conhecimento e desenvolvimento de novas práticas. Possibilitou a troca de experiências profissionais entre equipas e entre equipas das Casas de Acolhimento, sob um olhar académico. A Professora Zélia tornou-se, assim, um facilitador na abordagem prática de situações reais entre as várias equipas, bem como promoveu a reflexão e aprendizagem relevante e orientada pela prática.
Na base desta formação esteve o construtivismo social, facilitador do processo de descoberta e de exploração sobre as diferentes perspetivas e perceções da nossa prática, conduzindo-nos ao desenvolvimento de soluções conducentes à promoção de bem-estar do nosso público-alvo.
O objetivo destas sessões de trabalho foi tornar os profissionais capazes de criar, implementar e avaliar processos de cocriação com as crianças e jovens. Assim, ao longo da formação, foram facultados métodos e instrumentos com os quais podemos trabalhar na prática com as crianças e jovens. Por exemplo, a construção de um cubo para identificar perspetivas das crianças/jovens quanto a um problema identificado, a partir do qual surgem soluções “fora da caixa”.
Como ensinou a Professora Zélia, um profissional dos setores do bem-estar que tem contacto direto com pessoas deve ser um profissional motivado para se desafiar em novos conhecimentos e metodologias. Assim, o profissional deve:
– Mudar de uma postura de especialista para um facilitador do processo
– Ser humilde e curioso
– Acolher os pensamentos “fora da caixa”